Em março desse ano o governo
iniciou uma forte campanha para combater a obesidade entre crianças e
adolescentes, iniciativa que surgiu após o Instituto de Geografia e Estatística
(IBGE) constatar que 34,8% das crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso.
Esse dado comprova que o número
de obesos na população infanto juvenil já supera os índices de desnutrição e
pode refletir nos números de obesidades entre adultos, pois quanto mais cedo o
excesso de peso se instalar, mais grave e difícil serão suas conseqüências e
seu tratamento.
Os principais vilões são a grande
oferta de alimentos industrializados com excesso de calorias, além do enorme
apelo desses produtos às crianças e do tempo à frente do computador e da
televisão. Estudos também mostram que crianças de baixo peso ao nascer,
prematuras e cujas mães sofreram com diabetes na gestação, estão propensas a
ter obesidade na infância e adolescência.
A genética também pode
interferir. Se os pais são magros, a probabilidade de o filho ter excesso de
peso fica entre 10% a 15%, mas se a mãe ou o pai é obeso, o risco sobe para 50%
e se ambos são obesos, a probabilidade é de 80%.
Assim, é preciso mudar os hábitos
desde cedo, já que incorporar hábitos saudáveis no público infantil com a
justificativa de que é para perder peso pode não funcionar. É aí que entra os
exemplos, irmão mais velho, pai, mãe e outras pessoas que a criança possa
admirar devem ter hábitos saudáveis.
Para os especialistas a maior
dificuldade é envolver os pais, que são fundamentais em todo o processo,
influenciando o resultado positivo. A falta de regras, uma dispensa e geladeira
recheadas de bombas calóricas são tentações que os pais devem evitar. Formar
uma equipe multidisciplinar, com endocrinologista ou pediatra, nutricionista e
psicólogo infantil é ideal para montar estratégias consistentes e eficientes
para uma nova rotina, que trará segurança para todos.
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