quarta-feira, 6 de junho de 2012

Por que fazer fisioterapia?


Foi-se o tempo em que os fisioterapeutas só cuidavam dos atletas. Hoje, eles realizam diversos tratamentos, que vão dos estéticos aos que cuidam das seqüelas do derrame.  Durante o período da gestação, por exemplo, além dos cuidados com a alimentação e sono, a mulher pode usufruir de exercícios na água, atividades para fortalecer os músculos das costas e técnicas para melhorar a respiração, todos procedimentos fisioterapêuticos indicados para gestantes. Além disso, os alongamentos também são essenciais para afastar a hipertensão arterial – e a perigosa pré- eclampsia.

A modalidade também ajuda a trabalhar a musculatura pélvica, que facilita o parto e previne a incontinência urinária, mal que aflige de 10 a 52% das mulheres quando entram na menopausa. Falando em incontinência urinária, a fisioterapia é uma ótima solução, já que por meio do chamado biofeedback a paciente aprende a controlar a musculatura do assoalho pélvico, possibilitando a retenção da urina.

Quem já torceu o pé, machucou o joelho ou deu aquele mau jeito na coluna deve se lembrar das sensações dolorosas nos primeiros dias póstrauma. Nessas hora a meta da fisioterapia é dar um fim ao sofrimento. Passados os primeiros dias de crise, o especialista analisa os exames que apontam com precisão a área afetada e o tamanho do problema. Assim, elege os melhores aparelhos para tratar a lesão, sendo possível que em poucas sessões a dor desapareça.

 É aí que mora o perigo, uma vez que a ausência de dor não indica o fim do tratamento. Quando termina a etapa da analgesia — que é como os especialistas definem aquelas primeiras sessões focadas em acabar com a dor —, é necessário fazer com que o paciente volte a desempenhar suas funções com habilidade.
Fortalecer a musculatura e restabelecer o equilíbrio também são algumas das prioridades para os pacientes com sequelas de derrame. Todavia, leva-se em consideração a região do cérebro afetada pelo problema. As primeiras sessões procuram estimular o cérebro para que ele aprenda, outra vez, a realizar determinados movimentos. São sequências de exercícios para restabelecer a coordenação. Aos poucos, o paciente começa a ter domínio do seu tronco, até conseguir parar sentado, sem escorregar.          

Mulheres que passaram por cirurgia para a retirada do seio podem ser beneficiadas pela fisioterapia também, já que o movimento dos braços fica prejudicado. Além disso, há modificação na anatomia do tórax, que costuma alterar a postura. Nessa situação, recomenda-se exercícios de alongamento, que ajudam a evitar tendinites e dores na coluna.

Esses são alguns exemplos em que a fisioterapia pode ajudar. Entre tantos outros, é importante destacar que o paciente deve reconhecer a finalidade de cada procedimento, aprendendo sua importância. Pesquisadores da Universidade de Murcia, na Espanha, observaram  um estudo com 184 pessoas que sofriam com dores crônicas e concluíram que a aderência ao tratamento foi maior entre aqueles que receberam explicações detalhadas sobre as técnicas fisioterápicas a que seriam submetidos.

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