segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Síndrome das pernas inquietas

A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma doença neurológica que se caracteriza por sensações desagradáveis nos membros inferiores, associadas a uma necessidade urgente de movimentar-se, quando em repouso, para alívio dos sintomas. Freqüentemente, os pacientes que sofrem dessa síndrome queixam-se de percepções como: queimação, "fincadas", formigamento.

A principal característica da doença é o desencadeamento dos sintomas após o paciente ter deitado, ou às vezes, sentado. Como resultado, muitos pacientes apresentam problemas para dormir (insônia). Quando não é tratada, a doença acaba causando sensação de cansaço extremo e sonolência durante o dia, o que afeta a vida profissional e social do indivíduo acometido. Esses pacientes apresentam dificuldade de concentração, problemas de memória e para realizar as tarefas diárias.

Quais os sintomas mais comuns?

As pessoas com essa síndrome apresentam sensações desconfortáveis nos membros inferiores, principalmente quando sentados ou deitados, acompanhados de um desejo intenso de movimentar-se. Essas sensações são sentidas profundamente no membro, entre o joelho e o tornozelo. Raramente, os sintomas podem acometer, também, os pés, as coxas e os membros superiores. Na maioria das vezes, os sintomas são sentidos nos dois membros.





Em grande parte dos casos, a causa da doença é desconhecida. Em quase metade dos casos, o paciente relata que outras pessoas na família apresentam os mesmos sintomas, o que sugere algum fator genético envolvido. Os pacientes com história familiar tendem a ser mais jovens ao início dos sintomas e apresentam evolução mais lenta.

Nos outros casos, alguns fatores parecem estar associados ao desenvolvimento da síndrome, embora ainda não se saiba se eles realmente são causadores:
  • Indivíduos com níveis baixos de ferro no organismo ou anemia podem ter um maior risco de desenvolver essa síndrome. A correção da deficiência de ferro associa-se à melhora dos sintomas;
  • Algumas doenças crônicas parecem associar-se à síndrome, como a insuficiência renal, o diabetes mellitus, a doença de Parkinson. O tratamento dessas doenças geralmente leva à melhora dos sintomas da SPI;
  • Em algumas mulheres, a síndrome surge durante a gestação, principalmente no último trimestre, tendo melhora até a quarta semana após o parto;
  • Algumas medicações podem piorar os sintomas: medicamentos usados contra as náuseas e vômitos, anticonvulsivantes, antipsicóticos, antialérgicos.
Foi relatado também que a cafeína, o cigarro e o álcool podem piorar os sintomas, em pacientes predispostos ao desenvolvimento da síndrome.

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